fevereiro 08, 2007

rio da minha vida




(...)
É o chamado rio tejo
pelo amor dentro.
Vejo as pontes escorrendo.
Ouço os sinos da treva.
As cordas esticadas dos peixes que violinam a água.
É nas barcas que se atravessa o mundo.
(...)
As pontes não são o rio.
As casas existem nas margens coalhadas.
Agora eu penso na solidão do amor.
Penso que é o ar, as vozes quase inexistentes no ar,
o que acompanha o amor.
Acompanha o amor algum peixe subtil.


excerto de um poema de Helberto Helder

fevereiro 06, 2007

Comunicado à população

Depois de resolvidos alguns problemas logísticos, a Comissão Instaladora está a ultimar os preparativos para se fixar na colina.
Prometemos ser breves.



Entretanto, façam o favor de tomar o ascensor até ao Carmo, digam que vão da minha parte e eles oferecem umas castanhas quentinhas.