setembro 04, 2007

O capricho

O Presidente da Câmara decretou o encerramento do Terreiro do Paço aos domingos.
Diz ele que a iniciativa custou 5.600 euros.


Vindo do lado de Sta Apolónia e até ao largo do Corpo-Santo, contei 1 dezena de polícias, entre agentes da PM e PSP.
Quem vier da 24 de Julho contará outros tantos.




Fazendo uma conta de mercearia, contando com 2 turnos, teremos ao longo de cada domingo 30 a 40 polícias a impedir o acesso automóvel à Sala de Visitas da Capital.
Devem estar ali pro bono, certamente!






Estou seriamente inclinado a experimentar a bicicleta, para poder andar às voltas à Praça do Comércio e ver os tapumes das obras com mais detalhe...
Agora a sério, onde se devia passar qualquer coisa não era ali, mas nas ruas de trás, onde estão os comerciantes, que não alinham, vá-se lá saber porquê...






O Terreiro do Paço é das pessoas

Quais pessoas?! Os turistas andam a pé ( já foi ver a nódoa que é o Welcome Center?) e os lisboetas vão lá para ver a Árvore de Natal (onde é que vai meter os milhares de carros nos domingos de Dezembro, com filas até à Rotunda do Marquês?). Esqueça lá os protocolos com a Carris e com o Metro, pois ninguém está interessado em levar as criancinhas às cavalitas desde o Rossio (esse sim, deveria ser o Terreiro dos lisboetas e não da fauna que por lá circula).





"Plantar actividades culturais" é uma forma artificial de lidar com o histórico desinteresse dos lisboetas por um local puramente majestático, desde sempre associado ao poder, ao Império, e com o qual as pessoas não têm afinidades.
Se medidas destas têm como objectivo estudar soluções para a cidade, devem ser articuladas e não de carácter avulso. Ou por mero capricho.

A largueza de vistas do Terreiro do Paço, que devia ser fotografada com grande angular, continua a sê-lo com teleobjectiva...