(re)acção paliativa
"O urbanismo, numa sociedade democrática, tem de se basaear na auscultação dos Cidadãos antes das decisões, sobretudo no caso do Terreiro do Paço."
José Miguel Júdice, 28 de Maio de 2009
Dedicado à descoberta e divulgação do património histórico e cultural da Cidade de Lisboa,
o SÉTIMA COLINA é simultaneamente um espaço libertário, de cidadania, aberto à cooperação estratégica com quem partilha a paixão pela Cidade Branca
"O urbanismo, numa sociedade democrática, tem de se basaear na auscultação dos Cidadãos antes das decisões, sobretudo no caso do Terreiro do Paço."
José Miguel Júdice, 28 de Maio de 2009
Publicado por ABA @ 00:00
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Se, como foi dito na apresentação do projecto para a requalificação do Terreiro do Paço, apresentado ontem à noite na casa dos arquitectos, não é um projecto, é um estudo prévio a caminho de um ante-projecto e se, como o autor - o arquitecto Bruno Soares - confessou, está em estudo um novo pavimento, mais poroso, pois as críticas aos losangos são mais que muitas, porque vão hoje António Costa e Manuel Salgado propôr, em reunião pública do executivo municipal, o parecer favorável por parte da autarquia sobre o estudo prévio? Será porque as obras já arrancaram?
A solução dos degraus a partir da plataforma central, que "morrem", mais a rampa(!!!) no lado do Torreão, foram mal explicadas e têm o propósito óbvio de resolver um problema resultante da sua elevação, enquanto solução preconizada para o escoamento das águas a partir da estátua de D. José I.
O prolongamento do "eixo monumental" Arco-da-Rua Augusta-Estátua-Cais das Colunas , em lugar de potenciar a espacialidade da Praça, limita-a. É isto que significa restabelecer a relação entre a história e a simbólica do lugar e os usos contemporâneos?
Para "definitivo", o que foi mostrado tem demasiadas imperfeições!
Publicado por ABA @ 00:52
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Publicado por ABA @ 21:38
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Não tenho competência para discutir conceptualmente o projecto do arquitecto Bruno Soares para a requalificação do Terreiro do Paço, do qual só sei o que li no Público. Vou por isso aguardar a publicitação dos desenhos para fundamentar os meus bitaites. Todavia, não seria avisado conhecer nesta altura o que realmente será feito, por exemplo, em termos de circulação rodoviária nas zonas adjacentes, para que esta requalificação possa fazer sentido? Ou já está decidido? Porém, desde já um pormaior deve ser amplamente discutido.
Até ao final do séc. XIX, o Terreiro do Paço não estava pavimentado: era, como o nome indica, uma praça de terra. Foi essa memória que Bruno Soares quis manter no trabalho que desenvolveu para a Sociedade Frente Tejo.
Publicado por ABA @ 08:30
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Caro(a) Amigo(a)
Congratulamo-nos com a aparente vontade de quem de direito em recuar, mas confessamos a nossa estupefacção pela manchete: "Acabou a guerra dos contentores. Lisboa vai ter um jardim". Isto porque uma coisa é o Projecto Nova Alcântara e outra é o Projecto de Ampliação do Terminal de Contentores de Alcântara, embora este esteja compreendido naquele.
Ora em nenhum momento as notícias fazem referência clara ao que de facto mudou ou vai mudar no tal projecto, que são dois em um; ou quando foi, ou será, isso decidido, e por quem. Apenas se faz menção ao tal "jardim", que aliás já se tornou um expediente de circunstância sempre que se quer ser "amigo" das populações.
O Nova Alcântara, recordamos, contém uma série de incongruências básicas e algumas omissões sérias (a quase impossibilidade, técnica e financeira, do desvio da linha de Cascais, a questão do leito de cheias, a impossibilidade de facto em se levar por diante o tal projecto das bacias de retenção uma vez que já se construiu no local!, etc., etc.) e continua a parecer-nos ser apenas o "embrulho" necessário ao negócio da ampliação do terminal de contentores e à urgência em levá-lo por diante.
Quanto aos contentores, reafirmamos a nossa posição ab-initio:
Nunca devia ter sido permitida a anterior renovação da exploração em Alcântara. Não deve ser permitida mais nenhuma ampliação nem renovação para o local, e antes, isso sim, aproveitando o hiato do prazo de exploração que ainda decorria, Governo e CML procurarem alternativas técnicas a que, a longo prazo, se permitisse libertar não só Alcântara, mas toda a sua frente histórica, dos mesmos, definitivamente, até porque não faltam bons exemplos lá de fora.
Já em relação à questão dos terminais de cruzeiros, ela é antiga e continua a ser tratada como se fosse uma questão menor. Recordamos ainda o seguinte:
As gares marítimas de Alcântara e da Rocha de Conde d'Óbidos são os locais ideais para ali atracarem os navios de cruzeiros. Por isso foram aí construídas e não noutro local. Os edifícios podem, de facto, ser exíguos e não permitir as condições de conforto e serviço aduaneiro necessárias aos tempos modernos, mas a APL dispõe de muito espaço junto às gares, hoje ocupado por ... contentores, para as necessárias intervenções, pugnado, claro está, pelo respeito à arquitectura e memória do local.
Alfama pode ter um cais secundário mas nunca o que a APL lhe quer fazer: construir um mega-terminal, compreendendo um centro comercial e um hotel, instalações da própria APL, mais um muro de 600m de comprido por 8m de alto, no que seria mais uma séria barreira entre a cidade, os cidadãos, e o rio. Para além disso, o projecto dado a conhecer ao público há cerca de 2 anos, contemplava ainda umas estruturas em passadiço, absurdas e gritantemente agressivas sobre a antiga Alfândega.
Acresce que, paralelamente e a seu bel-prazer, a APL tem quase pronto o alargamento do Cais do Jardim do Tabaco, que consiste em mais uma mega-placa de betão defronte ao rio!!
Pela nossa parte, esta é uma "guerra" que não acabou.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Luís Marques da Silva, João Chambers, António Branco Almeida, Jorge Santos Silva, Artur Lourenço, Diogo Moura, José Arnaud, Alexandre Marques da Cruz e Pedro Gomes
Publicado por ABA @ 22:30
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Publicado por ABA @ 08:39
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