julho 24, 2007

Luz Boa - Green Line

Aqui se instalou o único teatro de ópera em Portugal, feira de vaidades da alta e média burguesia novecentista.


Lune, de Bruno Peinado, ‘cai’ neste espaço ortogonal, limpo, quase asséptico, de evidente importância para a imagem política cultural, pela forma como discretamente se localiza no centro institucional de Lisboa.


A presença improvável de um astro poisado, nota surreal que é visão da própria rebeldia da Arte, que vence uma distância impossível num gesto simples: um balão insuflado, iluminado do interior, repousa provocadoramente nas imediações da “Grande Ópera”.


Ao fundo, os Armazéns do Chiado, que marcaram o espírito do comércio da Baixa durante todo o séc. XX. Se os Armazéns desapareceram na sequência de um incêndio de origem duvidosa, e ressurgiram como extraordinária operação de renovação urbana diariamente visitada por dezenas de milhares de pessoas, Luzboa reforça a imagem daquela fachada histórica, ponto de fuga da Rua Garrett...


excertos do texto publicado aqui.

julho 20, 2007

Simplex


Como é fácil de imaginar, quando os serviços de emergência médica intervêm em acidentes e tentam contactar alguém próximo das vítimas, é difícil saberem a quem.



A solução reside em cada um de nós incluir na agenda do telemóvel o contacto da pessoa a contactar em caso de urgência.




O nome internacional é ICE (= In Case of emergency). Com este número inscreveremos a pessoa com a qual deverão contactar os bombeiros, polícias, INEM, protecção civil...
Quando houver várias opções poderemos assinalá-las como ICE1, ICE2, ICE3, etc.

julho 17, 2007

Luz Boa - Red Line

Aqui fica o primeiro de três posts sobre o Projecto Luz-Boa 2006, originalmente publicados aqui

Descendo pela Rua da Misericórdia, recheada de belos exemplares de casas pertencentes à aristocracia pré e pós pombalina, chegamos ao Camões, ao Palácio do Marquês de Marialva que, após o terramoto, seria até ao século XIX uma zona insalubre conhecida como os Casebres do Loreto, por albergar pedintes e doentes.




Esta praça, recente de cem anos, ostenta a estátua de Camões, uma das mais bonitas e melhor concretizadas obras de estatuária em Lisboa. Mas é de tal forma desconsiderada, que construíram um parque de estacionamento por baixo, em cima das ruínas do antigo palácio do Marquês – que por sua vez já tinha sido construído sobre uma villa romana, o que se deduz pela quantidade de vestígios romanos que surgiram após as escavações para a construção do referido estacionamento.



excertos do texto publicado aqui.

julho 16, 2007

Lisboa em câmara lenta

Lisboa não tem grandes motivos para celebrações.
António Costa ganha a Câmara com os votos de 1/3 dos lisboetas e não tem maioria na Assembleia Municipal.
Acordos pontuais são sinónimo de negociação e cedências, o que não parece servir os interesses da Cidade.

A restauração de algum capital de confiança que esta eleição confere ao novo Presidente resulta de factores exógenos, mais do que mérito do próprio. A realidade é que, tal como Sócrates, foi eleito "por exclusão de partes".
O reflexo da pobreza das propostas apresentadas é notório através de meras medidas de gestão corrente: pintar passadeiras de peões, alterar os tempos dos semáforos, arranjar os passeios, mão dura para o estacionamento ilegal, pagar dívidas a fornecedores, retirar ao fds o tráfego Terreiro do Paço(!)...
Ideias e projectos de fundo? Zero!

Lisboa ganhou em cidadania, com 1/3 dos votantes a apoiar os "independentes" Helena Roseta e o reabilitado Prof. Carmona, cujo score tanta confusão faz a Saldanha Sanches: estranho sentido democrático o do senhor, para quem o resultado de Carmona é mau para o país e para Lisboa!