rio da minha vida
(...)
É o chamado rio tejo
pelo amor dentro.
Vejo as pontes escorrendo.
Ouço os sinos da treva.
As cordas esticadas dos peixes que violinam a água.
É nas barcas que se atravessa o mundo.
(...)
As pontes não são o rio.
As casas existem nas margens coalhadas.
Agora eu penso na solidão do amor.
Penso que é o ar, as vozes quase inexistentes no ar,
o que acompanha o amor.
Acompanha o amor algum peixe subtil.
excerto de um poema de Helberto Helder
4 comentários:
Bonita fotografia...
Olá António!
Passo aí muitas horas.... e felizes! Feliz, só porque é tão lindo. Exactamente aí. :)
A foto é sua? Ou é da Net?
:)
:,o)
.....
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