Luz Boa - Blue Line
É por aqui que podemos iniciar uma autêntica viagem ao Passado remoto da cidade. Bairro muito antigo, construído ao longo dos séculos ao sabor de conquistas e imigrações, a Mouraria mostra aqui um pouco da sua raça, colada a Alfama, o bairro da Fé.
Sons de fado começam a ouvir-se no circuito – e é possível que não seja somente o choro de um guitarrista a ensaiar a sua apresentação nocturna num dos inúmeros restaurantes típicos; serão certamente as vozes anónimas que o agrupamento belga Het Pakt reuniu na sua peça participada Fado Morgana.
Telas estendidas, nelas os rostos projectados, na imediata proximidade uma voz que, ao afastarmo-nos, se revela parte de um coro maior de Lisboetas, homenagem à Cidade e ao Fado, numa única cantiga, conhecida de todos – passar por lá é reconhecê-la!
Prosseguimos tacteando a Lisboa moura, medieval, pombalina, romântica e moderna. Seguimos pela Rua da Costa do Castelo, símbolo fascista que António Ferro escolheu para justificar a identidade lisboeta (ou a falta dela), o cinema português, as quatro paredes caiadas com um cheirinho a alecrim, contrastando com o amontoado de casas que se vão degradando sobre as colinas da cidade.
excertos do texto publicado aqui.
3 comentários:
que pena não ter podido ver tudo...
OBRIGADA por este bocadinho.
x
Fantástico!
Gostei muito.
linda lisboa...
desculpa a ignorancia iniciei há pouco tempo...o que é por as fotos em popup?
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