Futuro (do) Terreiro do Paço
Não tenho competência para discutir conceptualmente o projecto do arquitecto Bruno Soares para a requalificação do Terreiro do Paço, do qual só sei o que li no Público. Vou por isso aguardar a publicitação dos desenhos para fundamentar os meus bitaites. Todavia, não seria avisado conhecer nesta altura o que realmente será feito, por exemplo, em termos de circulação rodoviária nas zonas adjacentes, para que esta requalificação possa fazer sentido? Ou já está decidido? Porém, desde já um pormaior deve ser amplamente discutido.
Até ao final do séc. XIX, o Terreiro do Paço não estava pavimentado: era, como o nome indica, uma praça de terra. Foi essa memória que Bruno Soares quis manter no trabalho que desenvolveu para a Sociedade Frente Tejo.
2 comentários:
Dizer que 'foi de terra então ponha-se losangos' ou que linhas rectas são navegações dos Descobrimentos leva-nos à conclusão óbvia: a calçada portuguesa é desconfortável para andar a pé.
Eu digo que não há quem lave as ruas da cidade nem quem arranje os jardins. Coisas demasiado braçais comparadas com o lançar a manápula (chamam-lhe requalificação) sobre a obra maior à procura de louros. Houvéssemos ao menos respeito quando falta a inteligência e nada disto acontecia.
Cumpts.
É esse respeito, não por nós, mas pela nossa herança, que exigimos!
Enviar um comentário